domingo, 31 de julho de 2011

NESSA NOVA FORMA DE SER E DE ESTAR



NESSA NOVA FORMA DE SER E DE ESTAR



Quando solicito a amizade de alguém no facebook, por exemplo, eu, no meu caso, tenho como interesse as ligações artísticas, ou seja, o universo das letras e das artes. Então, para mim, é naturalmente claro que aqui o conceito de conhecer, quer dizer, de conhecer alguém pessoalmente, é relativo, isto é, mudou substancialmente.
Ao convidar alguém tenho em conta a alma da pessoa, isso quer dizer: os fragmentos, os indícios, que o perfil da pessoa me transmite e que me dizem que ela seria um bom amigo para o enriquecimento cultural e para a troca das ideias e das informações necessárias e realmente essenciais. No meu caso, quero encontrar artistas, e poderá ver que sou um divulgador dos artistas (Veja CASA AZUL DA ARTE), pois também sou um, embora das letras. Resumidamente, quero ter amigos que se movimentam no universo das artes, da música, da poesia, da literatura, e que apreciem literatura infantil.

sábado, 30 de julho de 2011

Técnicas de Ilustração nº16 - Calixto criando o brasão de Santos


Olá amigos,
Esta arte que posto agora, foi criada para a abertura da matéria e capa do Almanaque de Santos nº2. Benedito Calixto não era um especialista em heráldica e teve um pouco de dor de cabeça para criar o brasão. A ilustração apresenta o Calixto queimando as pestanas e amassando papéis para concluir o trabalho. A arte foi trabalhada sobre papel Fabriano com lápis Wolf(carvão). Posteriormente, após fixar com goma laca à moda antiga(soprando com pulverizador), trabalhei as cores com aquarela.
Abraço,
Gilberto Marchi

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Coração de Sampa

TARDES PAULISTANAS

Nestes últimos dias de férias escolares, inverno paulistano, as tardes são frescas, os passeios tornam-se quase uma diversão. Meu labrador, o Lion gosta muito de sair no horário que vai das 16 às 17 hs. É durante esse finalzinho de tarde que encontramos pessoas interessantes que levam seus queridos animais de estimação para passear pelas ruas do bairro.
O Lion tem muitos amigos, mas, é óbvio faz mais festa para as amigas. Tem a buldogue Chica, a cocker Belinha que é uma graça, a Angélica, vira-lata de classe, a golden Kali, a Luma,também vira-latinha que tem o pelo sedoso...
Acho, entretanto que no meio de tantas "beldades" a favorita do Lion é a Conchita, uma simpática cadelinha comunitária. Durante o dia ela circula pelas ruas do bairro e à noite dorme num pet. Ela não é nenhuma rainha de beleza, pelo contrário, tem um defeito na arcada dentária que faz com que os dentinhos de baixo se projetem para fora. Para os cães, esses detalhes estéticos não têm importância. Conchita, ao enxergar o Lion, de longe, vem correndo encontrar o amigo e é recebida com muitas lambidas e cheiradas.É bom presenciar essa amizade pura e desinteressada, como só animais parecem sentir. Faz bem passear à tarde, sentindo que à noite vai esfriar... Faz bem fazer amigos durante esses passeios, pois são pessoas do bem que amam os animais.

Um abraço a todos,

Regina Sormani

domingo, 24 de julho de 2011

ORAÇÃO DOS EDUCADORES

ORAÇÃO DOS EDUCADORES


É preciso dissolver o rancor, deixar escorrer a intolerância pelos túneis da mente até que a luz clara de um campo desfaça a insensatez e a paz floresça entre as pessoas.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Viva a poesia! - Quem gosta da amarelinha?


O poema "Quem gosta da amarelinha"? consta do meu livro REBENTA PIPOCA publicado pela Pioneira, cujos direitos voltaram para a autora.



QUEM GOSTA DA AMARELINHA?


Quando eu era pequeninha
Eu jogava amarelinha.
Fazendo riscos no chão
Com pedaços de carvão.
Os quadrados a pular
Cuidando pra não errar!
Não cair no beleleu
E chegar feliz no ceu.
Venha, venha, criançada,
Brincar aqui na calçada
Que o jogo da amarelinha
Não quero jogar sozinha.

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Leia: O monstrinho medonhento

Caros amigos,

"O monstrinho medonhento", obra do grande ator, autor, compositor Mário Lago é uma história interessante, um pouco alegre, um pouco triste, surpreendente.
Creio que não será muito fácil encontrá-la nas grandes livrarias, pois foi publicado pela editora Moderna em 1984. Alcançou mais de 20 reedições. Recomendo que procurem num sebo, onde, sabendo-se escolher, pode-se encontrar bons livros. Meus filhos leram esse livro para trabalhos escolares e lembro-me que gostaram muito.


Quando os habitantes da Cidade dos Homens souberam que um monstro iria nascer, ficaram assustados e muitos deixaram a cidade. Medonhento nasceu no Palácio dos Horrores, herdeiro de seu Monstro Terrível e de dona Monstra Perigosa. Para esperar pelo momento do nascimento, vieram monstros, feiticeiros, bruxas e todo tipo de criaturas pavorosas. Todos, muito ansiosos para ouvir o primeiro urro de Medonhento. A imprensa e a televisão lá estavam, é claro, para noticiar tão impressionante evento.
No exato momento do nascimento, o mensageiro do palácio gritou:
- Parem com essa barulheira! Está nascendo!
Quando Medonhento acabou de nascer, a multidão rodeou seu berço que era uma panela feita de esqueletos e todos ficaram aguardando o tal urro medonho. O urro que iria rachar o mundo no meio. O monstrinho abriu a boca e...sorriu ao dizer:
- Com licença...
Disse isso, com voz de anjo, o que é muito pior, em se tratando de monstros.


Numa entrevista, o autor explicou que a história surgiu de uma pergunta feita por sua esposa, durante uma conversa a respeito dos dias atuais:
- Será que os filhos dos monstros não acham desagradável a profissão dos pais?
Convido os leitores a responder essa pergunta e descobrir outras respostas, lendo este livro muito, muito interessante.

Um beijo,
Regina Sormani

domingo, 17 de julho de 2011

O EQUILÍBRIO UNIVERSAL

Marciano Vasques
  

O EQUILÍBRIO UNIVERSAL


 
Talvez comam tanta massa os italianos porque o país seja aquático. A natureza sobrevive pelo equilíbrio. Ele é o responsável pela “perseverança universal”. Todos os ingredientes de um organismo estão presentes na infinitude do universo.

sábado, 16 de julho de 2011

Regina Sormani, livros e eventos


Regina Sormani na Bienal do Guarujá


Teatro de fantoches- Personagens da peça "O Ovo Azul da Galinha Rosa"
Gambá, o Ovo azul e Garras Afiadas


Bienal do Guarujá


Bienal do Guarujá


Teatro do Ovo Azul da Galinha Rosa na Escola Recanto


Lançamento do livro Bye,Bye, Amigo Monstro


Teatro Bichinhos do Zoológico- Biblioteca Chácara do Castelo




Lançamento- As Aventuras do Pintinho Azul

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Tem que ficar por dentro!

Estava eu, apressada como sempre, no supermercado Yayá, comprando frutas e legumes numa quinta-feira pela manhã, ou melhor, tentando colocar as tais frutas e legumes num carrinho O dono do supermercado instituiu que terças e quintas seriam "dias de feira", então, a disputa é grande e desleal. Formam-se filas de carrinhos abarrotados de pencas de bananas, repolhos, brócolis pelos corredores do supermercado e fica difícil até de respirar. Enfim, no meio da confusão de mãos apalpando mamões e tomates, disputando pés de alface, até que eu estava me saindo bem, sem contar alguns pisões no pé. No meio desse tumulto, surgiu uma senhora loura e alta, usando brincos de argola vermelhos e imediatamente sorriu pra mim com dentes enormes. Sorri também, pensando que talvez ela me conhecesse, embora não me lembrasse dela. Ela puxou conversa, falando sobre o aumento dos preços, do achatamento do salário, coisas desse tipo. Papo vai, papo vem, ela perguntou:
- Viu na televisão a reportagem sobre o leite tipo B?
Eu não tinha visto e ela se admirou, até ficou meio alterada:
- Como, não viu? A gente tem que ficar por dentro! A senhora não está por dentro? Eu acompanho tudo mesmo. Ninguém me engana.
- Acredito, respondi- louca de vontade de sair dali- a senhora faz muito bem!
Diante do incentivo, a loura alta se acalmou e falou em alto e bom som:
- Os fiscais da Vigilância Sanitária descobriram que no leite B tem cuneiformes fetais.
Por um instante fiquei muda, mas, resolvi não deixar barato:
- Não seriam coliformes fecais?
- Nossa!- ela respondeu admirada- Isso também? É por isso que eu digo: tem que ficar por dentro!

domingo, 10 de julho de 2011

NUMA VARANDA, SOB A FRACA LUZ


NUMA VARANDA, SOB A FRACA LUZ


Eu ficava na varanda sob a luz fraca escrevendo poemas. Fiz isso durante um bom tempo. Em algumas noites montei o boletim literário CHURROS, que eu mesmo financiava com o meu salário, sacrificando a família e a casa. No boletim, publicava os poetas que jamais viria a conhecer pessoalmente, mas sentia-me feliz fazendo isso. Assim é o meu coração. Um certo altruísmo, alguém disse, um idealista, outro comentou, e cada qual vai desfilando as suas considerações, e a cada comentário destilado lá vou eu desfiando e organizando uma conversa de mergulho, pois faz tempo aprendi que apenas a superfície não me satisfaz.
Todos os poetas que eu divulguei em meados da década de 80 estão por aí, espero. Uns sumiram, outros encontro ganhando dinheiro na internet, uns lançaram livros, alguns reeencontro também na Internet, com a mesma postura, uns fingem que não me conhecem, outros festejam quando me reencontram no facebook, mas isso não importa aqui. O que realmente importa é a curiosidade da varanda sob a luz fraca.
Eu permanecia horas e horas escrevendo, jamais me esquivando da alegria de ver um avião riscando a noite.
Depois escrevi o meu primeiro livro infantil, e não mais parei. Quase não mando, para dizer a verdade, praticamente não envio originais, nem sei ao certo porque, mas é assim que faço. Entretanto, continuo escrevendo e de vez em quando lanço um livro. Fico feliz a cada livro. Naturalmente. Mas nenhum livro a mais, nenhuma conquista, nenhuma vitória, nenhum prêmio, nada me transforma numa pessoa arrogante, pois até hoje não me supus estrela, apenas escrevo, e particularmente tenho o coração como referencial, e o coração é invadido pela algazarra, pelo alarido de crianças que correm felizes, crianças que são transformadas em versos, em poeminhas, em literatura, em letras, algumas sapecas.
E veio a Internet, essa maravilhosa conquista do cérebro humano. O espírito da época está aos poucos se adequando. Fico feliz ao reencontrar os mesmos amigos que batalharam no Movimento Literário Alternativo. Estão na ativa, alguns, lutando ainda por um lugar ao Sol. E veio a blogosfera, e veio o facebook, e hoje na imensidão da noite de domingo revejo com nitidez o embrião, ou nem sei, a consolidação da alma do menino que bebia orvalho na folha que alisava o acanhado sol que alvorecia.
Aquele menino a correr levado pela linha do carretel, a girar num infinito carrossel, lá estava ele na varanda sob a luz fraca da lâmpada pendurada.
A imensidão despeja as estrelas na perplexidade, e eu estou aqui, agora, diante dessa biblioteca infinita; lembro de Borges, lembro de Espinosa, lembro de alguns poemas que li...
Vou na imensidão. Na leveza das palavras, palavras que repousam na alma. Os mesmos verbos ainda sujos de boleros.



MARCIANO VASQUES