sábado, 23 de junho de 2012

Ópera: AS BODAS DE FÍGARO

   Apresentações da ópera AS BODAS DE FÍGARO de Mozart.  Dias 22, 26 e 29 de junho às 16 hs na Pinacoteca do Estado,  Dias 23 e 30, às 15,30 hs no Museu do Ipiranga. Produção do grupo da EMESP, Ópera Studio, coordenado por Mauro Wrona
Para todos aqueles que curtem música de qualidade. E uma ótima notícia: é grátis.
Um bj da Regina


O barítono Daniel Marchi, Regina Sormani e Heloísa Callegaro


Daniel no papel do jardineiro Antonio


Daniel e Ricardo Regis (Don Curzio)


Daniel como Antonio contracenando com o Conde de Almaviva

sábado, 16 de junho de 2012

Junho, mês dos santos e dos namorados

O cheiro de quentão e o footing na praça


Rico em datas comemorativas, o mês de junho é um dos mais apreciados pelas crianças que curtem as festas juninas e pelos namorados que festejam no dia 12 a sua data e no 13, dia dedicado a Santo Antônio, o protetor dos noivos, conhecido como santo casamenteiro. Lembro-me com muita alegria, das quermesses montadas, há vários anos atrás, na praça da Igreja de Santo Antônio, na pequenina Agudos, interior do estado de São Paulo. Ao chegar, éramos recepcionados pelo irresistível cheiro do quentão que vinha das tendas montadas ao redor da praça. Meu favorito sempre foi o quentão da Manuela, uma senhora simpática e muito querida pelos agudenses. O quentão, bebida forte, era preparado com gengibre, canela, cravo e adoçado na medida certa. A quermesse de Santo Antônio, caprichosamente enfeitada com bandeirinhas coloridas, atraía uma multidão que se espremia para jogar bingo, praticar a pescaria de brindes nas bacias, comer pipoca quentinha, amendoim torradinho, milho verde, doces caseiros e várias outras delícias. Muita gente ia à quermesse só para apreciar os moleques subindo no pau-de-sebo, um tronco de 4 metros de altura, envolvido com gordura animal. No topo, ficavam as cobiçadas prendas.
Era também, muito divertido receber os correios-elegantes, mensagens amorosas enviadas por admiradores secretos. Recebi muitos, graças a Santo Antônio.
Nas cidades do interior praticava-se o footing. ( ir a pé, passear) Pra quem nunca ouviu falar, eu posso explicar: os rapazes em busca de namorada, nas noites dos finais de semana sentavam-se nos bancos da praça principal, formando grupos para apreciar as garotas que por ali circulavam. As meninas, por sua vez, ao localizar o alvo, o menino dos seus sonhos, sorriam e cochichavam a cada volta na praça. Na quermesse de Santo Antônio, não era diferente. Como o espaço era reduzido, os rapazes formavam duas colunas e no centro desfilavam as garotas, caminhando em círculos. Tudo isso ao som das melodias regionais que invadiam a praça, vindas do serviço de alto-falantes localizado nas dependências da igreja. Ouvia-se, a todo instante:
– Fulano, apaixonado, oferece esta música à sua amada, sicrana. Assim, começava oflerte, um jogo, uma troca de olhares que muitas vezes se transformava em namoro e acabava em casamento, com as bençãos de Santo Antônio, é claro.
Impossível não recordar os festejos de São João, dia 24 e de São Pedro, dia 29, fechando o mês de junho. Nas fazendas, chácaras e até nos quintais das casas, realizava-se a tradicional quadrilha com o casamento caipira, e todo mundo se vestia a caráter. Em Agudos, na Colônia Italiana onde nasceu minha mãe, a festa de São João tornou-se uma referência. Dela participavam todos os tios e primos que lá moravam. A maior atração era o andar sobre as brasas. As brasas da fogueira eram espalhadas num terreno especialmente preparado e um dos meus primos, após fazer uma oração, caminhava tranquilamente sobre as brasas. Ninguém me contou, eu mesma presenciei. Coisas de antigamente, boas pra guardar na lembrança.
Desejo a todos um gostoso mês de junho.
Regina Sormani

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Era uma vez.....


Minha primeira paixão


O livro juvenil "Minha primeira Paixão"é de autoria de Elenice Machado de Almeida e Pedro Bandeira.
Elenice, que também escreveu: Deu minhoca na história, O pomo da discórdia, Presente de grego e muitas outras histórias encantadoras, infelizmente, veio a falecer em 1989, vítima de uma doença fulminante e seu último livro ficou inacabado. Seu marido, dr. Gilberto Machado de Almeida, então, sugeriu que Pedro Bandeira terminasse a história. O escritor, que sempre acompanhou de perto o trabalho literário de Elenice, aceitou a incumbência de concluir o livro. Emocionado com aquilo que Elenice havia escrito, Pedro resolveu chamar o livro de "Minha primeira paixão", pois Elenice , ao escrever, buscava compreender os sentimentos dos jovens.
Este livro trata da chegada de Frida, uma nova aluna na sala de aula, bem no meio do ano letivo. Ruiva, magrela e sardenta,foi escalada para sentar-se à frente de Pimpo, apelido de José Olímpio. A antipatia foi mútua e instantânea, mas, Pimpo, perdia-se, contando e recontado os milhares de cachinhos vermelhos da nova coleguinha.
Frida, por sua vez, detestava a nova escola, os professores, e mais do que tudo, aquele garoto chato e insuportável que sentava atrás dela. O atrevido chegou até a bolar um apelido ridículo para ela: Batata Frida. Depois de muita confusão, dentro e fora da sala de aula, Frida resolveu convidar Pimpo para ir à sua casa conhecer os filhotes da cadela Sherazade. Pimpo acabou ganhando um lindo filhotinho de presente.... E a menina também se ofereceu para ensinar matemática ao garoto que havia ficado de recuperação. E tem mais: ninguém sabe quem foi que se aproximou primeiro. De repente, os narizes estavam quase se tocando, as mãos tremiam. Os cachinhos ruivos brilhavam, cheirando a xampu...
Depois, foi só fechar os olhos e deixar o beijo acontecer. Pimpo pensou: - "É como na televisão, só que muito, muito mais gostoso".


Minha primeira paixão foi publicado pela FTD.
O escritor Pedro Bandeira é associado da regional paulista da Aeilij.
Um abraço a todos,
Regina Sormani

domingo, 10 de junho de 2012

Técnicas de Ilustração nº 24

Olá amigos,

Esta ilustração de dois leões, foi realizada mais como um estudo de técnica e não para publicação. Utilizei como suporte o papel Shoeller montado 4g e os materiais empregados foram: marcador Design para os traços em preto e tinta acrílica.

Até a próxima!
Gilberto Marchi

domingo, 3 de junho de 2012

Um livro do qual gostei muito - Miguel e Serafina








MIGUEL E SERAFINA

Pense em algodão doce, em picolé e pirulito. Isso. Picolito. Li um livro assim: bem doce, com gosto de leitura de "fazedeira".
É a história de uma boneca que vivia no armário da bagunça, mais precisamente de um menino que todo menino é, mais ainda, é uma história de amizade, da infância, da alma do brinquedo.
Isso mesmo está posto no livro de Regina Sormani, que brinquedo tem alma. Todos eles, o pé-de-chinelo, o polichinelo, o cachorrinho, o robô. O cinema atualmente diz isso. A escritora se antecipou. Mas é fazedeira de poesia e assim vai numa escrita de lã que criança de doce de leite lê. Andersen, é claro, sabia disso, que brinquedo tem alma. Aliás, ele capturou essa alma com maestria. Regina nos trouxe uma boneca lá do seus interiores.
Antes das bonecos interplanetários repletos de poderes, alguém lançou uma pergunta: "Bonecas brincam com meninos?". Brincam sim, e falam na imaginação deles, ora!, até sonham com ser gente!, melhor não realizarem esse sonho, ainda que viessem a ser bonecas de madeira.
A fazedeira, a dona artista, dedos são pensamentos mágicos. Cada pensamento um artesão. E arte são pensamentos em forma de bolotas de algodão, chumaços de amores.
Uma artista assim só poderia fazer uma boneca com os olhos de afastar quebranto.
Que livro rico! E delicioso de oralidade. De tesouros que os leitores vão descobrindo. Tesouros que existem desde o tempo do arco-da-velha.
E um arco na íris da boneca faz com que a autora enverede pelas veredas da cumplicidade com o leitor. "Cá pra nós".
Mas brinquedos viraram tranqueiras! O menino cresceu. Sendo assim, a boneca não mais falou.
Não?
Quem tece domingos deveria ler este livro. Eu li, e ele me trouxe laços de ternura, de coração de menino, de alegria de respingo de chuva na vidraça. Gostei muito de conhecer a Serafina, e também o Miguel.

Livro. MIGUEL e SERAFINA
Texto: REGINA SORMANI
Ilustrações: MARCHI
Leitor: MARCIANO VASQUES
Editora: Edições Loyola
ANO: Todos, por que em todos os anos haverá sempre uma boneca dessas, com vestidinho vermelho, e de algodão recheada.

MARCIANO VASQUES