Bom Ano ou Ano Bom

Amigos leitores!

Hoje, primeiro dia de 2012, acordei, e por uma fração de segundo, me surpreendi com o silêncio. Sampa silenciosa é coisa rara, quase impossível, nem as padarias do bairro abriram hoje. Lembrei-me de todos os anos em que despertei, na infância, no primeiro de janeiro, em meio aos gritos da criançada que vinha pedir prendas, porta a porta, lá na minha querida cidade de Agudos. Ao raiar do sol, os pequenos vinham,de todos os cantos da cidade, feito alegres e barulhentas andorinhas, e ali chegavam, gritando por: bom ano, bom ano! "Seu" Laurindo, dono da mercearia que ficava exatamente em frente à minha casa, na rua 13 de maio, chegava ao portão da casa dele com um grande saco cheio de balas e doces e atirava as guloseimas às crianças. Por muitos anos vi o querido "seu" Laurindo fazer aquele agrado à criançada. Já falei sobre ele e sua filha,a Neia, no meu livro "QUEM TEM MEDO DO PORÃO? da Cortez editora. Neia e eu somos amigas até hoje, apesar da distância. Na infância,lemos juntas muitas revistinhas do Pato Donald e brincamos a valer com sua linda boneca Lili Marlene.
Sou grata à vida e aos meus pais por essas belas e inesquecíveis lembranças.
Um afetuoso abraço a todos,
Regina Sormani