Marciano Vasques O EQUILÍBRIO UNIVERSAL |
Talvez comam tanta massa os italianos porque o país seja aquático. A natureza sobrevive pelo equilíbrio. Ele é o responsável pela “perseverança universal”. Todos os ingredientes de um organismo estão presentes na infinitude do universo.
O equilíbrio é a fonte inesgotável da sobrevivência. Isso se aplica aos relacionamentos. O respeito é o seu mediador. Não se abusa de uma amizade.
Também é aplicável ao planeta. Como o homem, a partir do XX, passou a interferir no equilíbrio planetário devastando verdes, promovendo queimadas, derramando óleo em esmeraldas, a reação já se faz notar, na confusão climática, no desgoverno da natureza...
A própria interferência no fator tempo, necessário ao bem humano, trouxe prejuízos sem retorno.
A pressa assumiu um vulto inesperado, o tempo tornou-se armadilha contra a paz individual, os coletivos caóticos metropolitanos perdem a sobriedade contemplativa.
O hábito do relógio tornou-se mecânico. A tecnologia não conseguiu ainda resolver a necessidade inerente ao humano, de paz, mansidão e serenidade.
Insatisfeitos lazeres foram inventados como paliativos, ou sedativos para a dor da gregária vida em solidão.
Com o rompimento do equilíbrio e a interferência brusca no tempo, o ser ausentou-se, não mais está presente à mesa, e o sentido da busca afastou-se imperceptivelmente, dissolvendo-se no cotidiano dos fugazes quereres.
Presente à mesa significa reencontrar-se na conversa.
Ausente, o ser não se deu conta da decomposição da alma, e também não percebeu que a intransigência do tempo corrói a sua essência.
Sem saída, caiu nas garras assustadoras do “ter”.
Aceitou passivamente a sua “única condição”, a de consumidor, que lhe é ofertada como substituição da felicidade, como o ilusório que satisfaz. O acúmulo de bens materiais desvinculou-se do “necessário”.
Desprezando as leis universais e naturais de equilíbrio, presentes em seu próprio organismo e em sua própria alma, agiu em conformidade com os ditames industriais, que o levou à tecnologia do conforto inútil, ou seja, em plena avenida Paulista, solitário na multidão, pode receber uma foto em seu celular, mas a tecnologia não conseguiu trazer as soluções das suas necessidades básicas, entre as quais: desvincular-se da tirania do tempo, e restabelecer o olhar calmo como a lua no alto, como o salto do gafanhoto riscando o azul.
A tecnologia maravilhosa ainda não faz sentido na vida humana, pois convive com a sua miséria e a falta de paz na alma, frutos do desequilíbrio presente em todos os “universos” da vida: o social, o natural, o político e o universal.
O equilíbrio é a fonte inesgotável da sobrevivência. Isso se aplica aos relacionamentos. O respeito é o seu mediador. Não se abusa de uma amizade.
Também é aplicável ao planeta. Como o homem, a partir do XX, passou a interferir no equilíbrio planetário devastando verdes, promovendo queimadas, derramando óleo em esmeraldas, a reação já se faz notar, na confusão climática, no desgoverno da natureza...
A própria interferência no fator tempo, necessário ao bem humano, trouxe prejuízos sem retorno.
A pressa assumiu um vulto inesperado, o tempo tornou-se armadilha contra a paz individual, os coletivos caóticos metropolitanos perdem a sobriedade contemplativa.
O hábito do relógio tornou-se mecânico. A tecnologia não conseguiu ainda resolver a necessidade inerente ao humano, de paz, mansidão e serenidade.
Insatisfeitos lazeres foram inventados como paliativos, ou sedativos para a dor da gregária vida em solidão.
Com o rompimento do equilíbrio e a interferência brusca no tempo, o ser ausentou-se, não mais está presente à mesa, e o sentido da busca afastou-se imperceptivelmente, dissolvendo-se no cotidiano dos fugazes quereres.
Presente à mesa significa reencontrar-se na conversa.
Ausente, o ser não se deu conta da decomposição da alma, e também não percebeu que a intransigência do tempo corrói a sua essência.
Sem saída, caiu nas garras assustadoras do “ter”.
Aceitou passivamente a sua “única condição”, a de consumidor, que lhe é ofertada como substituição da felicidade, como o ilusório que satisfaz. O acúmulo de bens materiais desvinculou-se do “necessário”.
Desprezando as leis universais e naturais de equilíbrio, presentes em seu próprio organismo e em sua própria alma, agiu em conformidade com os ditames industriais, que o levou à tecnologia do conforto inútil, ou seja, em plena avenida Paulista, solitário na multidão, pode receber uma foto em seu celular, mas a tecnologia não conseguiu trazer as soluções das suas necessidades básicas, entre as quais: desvincular-se da tirania do tempo, e restabelecer o olhar calmo como a lua no alto, como o salto do gafanhoto riscando o azul.
A tecnologia maravilhosa ainda não faz sentido na vida humana, pois convive com a sua miséria e a falta de paz na alma, frutos do desequilíbrio presente em todos os “universos” da vida: o social, o natural, o político e o universal.
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